domingo, 25 de maio de 2014

A Casa de Eli e a Geração Profética de Samuel (I Samuel 3.1)




A CASA DE ELI E A CASA DE SAMUEL



As definições de tempo para os antigos hebreus eram diferentes da contagem ocidental. Para eles o tempo é circular e não linear. O tempo de Deus é eternidade. Um dia é como mil anos e mil anos como um dia (Salmos 90.4). Os acontecimentos para Deus são de forma cíclica, de cumprimento de tempos que vêm e vão. As profecias bíblicas são contagens de tempos e estações (Daniel 2.21; 4.16; 7.25). Certa vez escrevi para um jornal local um artigo intitulado “O retorno à era de Lot”, falando de ciclos que se repetem, como o que tem acontecido nas sociedades mundiais hoje, como uma espécie de repetição do que acontecia em Sodoma e Gomorra.

Nota-se também, que estamos vivendo um tempo cíclico da geração de Samuel. Naqueles dias nos mostra as Escrituras que “a palavra do Senhor era rara e as visões não eram frequentes” (I Samuel 3.1). Isso tem se dado em nossa geração. Há um esvaziamento do conteúdo da pregação, da genuína escritura, e tem se pregado o humanismo, o materialismo, mensagens motivacionais, psicologismos e auto-satisfação e realização pessoal. A palavra de Deus está sendo rara em nossos dias. Poucos são os remanescentes que têm ensinado a verdade ao povo, que têm dito não o que eles querem ouvir, mas o que eles precisam ouvir da parte de Deus. Há uma superficialidade de idéias, de conceitos, de princípios.

A corrupção tem invadido o santuário, como era na casa de Eli. As negociatas com grupos políticos, os acordos, a troca de favores, os conchavos à portas fechadas têm trazido maldição para a casa de Deus. A permissividade aliada à anomia (a falta ou a quebra das leis) têm gerado um esfriamento generalizado, uma onda de insatisfação que permeia no meio daqueles que são sinceros e fiéis à aliança de Deus. A Casa de Eli é a do sacerdócio falido, fracassado. É o sacerdócio da desonra da aliança e do altar. Também, da família desintegrada. Não há temor, não há respeito à autoridade divina, mas sim o ministério da iniqüidade e da profanação (I Samuel 2.22-36). A geração de Eli esvazia a Glória da presença de Deus, seu fruto chama-se em hebraico IKavod (Foi-se a Glória).

Diante da corruptela desenfreada e absurdamente disseminada da Casa de Eli, Deus levanta uma nova geração, a geração profética da Casa de Samuel. É um fruto gerado pela oração e pelo clamor dos angustiados. Por outro lado, daqueles que ouvem a Deus, e o Eterno não deixa nenhuma palavra cair por terra. O ministério da Casa de Samuel é confirmado como ministério profético reconhecido e respaldado (I Samuel 3.20). A casa de Eli cai, é removida através da palavra profética de Samuel. O profeta estava debaixo da cobertura do sacerdote Eli, que era a cobertura que trazia maldição. A geração profética de Samuel sai debaixo do jugo da servidão e do ministério que não abençoa, mas que impede a bênção. E nos tempos de Samuel todo Israel foi abençoado por ele. A geração profética de Samuel tem algumas características: primeiro, vê e ouve a Deus (3.21). É a geração que traz a arca de volta, a presença de Deus para o meio do povo (6.15). É a geração que levanta o altar do sacrifício aceitável a Deus (7.9). É a geração que põe fundamentos e reconhece a supremacia divina dizendo “Even-Ezer” (Até aqui nos ajudou o Eterno). É a geração que vence os inimigos (7.13). E o mais importante, é a geração que destrona sacerdócios infiéis, estabelece o Reino (Saul, que caiu e foi deposto), como também estabelece a Casa de Davi, o Reino sacerdotal que é a base para o Reino Messiânico de Yeshua (Jesus).

Nestes dias Deus tem levantado a geração de Samuel, com a palavra e a visão profética para estabelecimento do Reino de Deus, para o cumprimento profético dos acontecimentos divinos preparado por Deus para este tempo que virá.

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