quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Série Gênesis: ESPINHOS E ABROLHOS



Uma das maldições produzidas na terra por meio da desobediência foi a produção de espinhos e abrolhos. O decreto veio da parte de Deus, como alterações na natureza, algo consequente da quebra da aliança do homem com Deus (Gênesis 3.18). Espinhos são os causadores de sofrimento e abrolhos são os impedimentos que bloqueiam o crescimento. Aquilo que nos fere tira sangue de nós, ou seja, a vida que está dentro. O sangue que jorra de dentro de nós por causa das aberturas que os espinhos produzem, é esvaído e tornamo-nos mais pobres de vida. Assim, passamos a ter a força e ânimo diminuídos, não conseguimos desenvolver plenamente nossas potencialidades.
Precisamos entender que a redenção da natureza, da terra, ainda é algo para o futuro. Cabe a nós con-viver com a realidade dos espinhos e abrolhos desta vida. No entanto, nos aguarda uma restauração vinda de Deus, para arrancar os grilhões que nos machuca e estancar o sangue, para que a vida não se vá. Assim, Deus cicatriza as feridas, ficando apenas as marcas do testemunho da operação de Deus. Nós ainda não estamos onde deveríamos estar. Na segunda carta aos Coríntios 12.7 o apóstolo Paulo pediu para que Deus tirasse o espinho da carne que o incomodavam. Ele falou de forma metafórica, logicamente referindo-se a algo não físico, porém na esfera do coração-mente-espírito. Espinhos e abrolhos impedem nosso desenvolvimento total em várias áreas da vida. Família, relações sociais, intelecto e psico-emocional, espiritual, econômico e espiritual precisam ser tocados pelas mãos do Eterno, para que haja cura, restauração e regeneração. A árvore da vida com suas folhas e frutos precisa servir de cura para as nações, assim também para nós.
Quando prenderam Yeshua e o feriram, colocaram uma coroa de espinhos, o bateram com um bastão, o humilharam e escarneceram dele. Ali, a terra reinvindicou a maldição do gênesis, de que os espinhos serviriam como instrumento e símbolo do dano causado ao homem. Os espinhos não somente feriu sua cabeça, como também os espinhos espirituais da humilhação, desprezo, blasfêmia e desonra o atingiu em seu interior. No entanto, Deus o elevou às alturas, novamente ao paraíso edênico superior.
Na medida em que buscamos a comunhão com Deus pela obediência e pureza de alma, profeticamente retornamos para o Gan-Eden (Jardim do Eden, de delícias) e desfrutarmos das delícias que nos foi preparada. Precisamos retornar para a comunhão da presença (shekinah), para a inocência (ausência de culpa), para a alta capacidade de inteligência para governar em diversos níveis, para o núcleo das riquezas e mistérios oriundos do centro do Jardim, lugar de desfrute de uma vida plena em Deus. Para isso, devemos nos livrar dos espinhos e abrolhos, que são feridas produzidas na alma, fruto da desobediência. E para retornar ao Éden, precisamos operar pelo princípio da obediência, eliminando assim a maldição que nos foi herdada.

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