Amós 9.11 /Atos 15.15-18
O Tabernáculo de Davi foi tão
importante que teve lugar nas profecias bíblicas, tanto na Antiga Aliança,
quanto na Nova Aliança. Isso, porque ele teve uma grande relevância no culto e
adoração ao Todo-Poderoso Deus. Davi estabeleceu a ordem davídica da adoração.
Deus queria
mudar e estabelecer seu modelo de culto. Então, usou davi para estabelecer a
adoração plena, com cânticos, júbilo, adoração, danças, instrumentos e alegria
celebrando a Deus sem medida.
Antes
de Davi, Moisés levantou a Suká (Tebernáculo) do Eterno. Fez conforme o modelo
que Deus ordenou. O Tabernáculo de Moisés estava no Monte Gibeom, esse monte
fala da Lei do Sinai. Gibeom significa (Colina Elevada) II Crônicas 1.4; I
Crônicas 15.1; Salmo 76.2. Mas, o Tabernáculo de Davi estava sobre o monte Sião,
na Cidade de Davi, Jerusalém, de onde ordena a bênção e a graça de Deus para
sempre. HaleluYah!
Os
dois tabernáculos (Sukots) estavam funcionando simultaneamente. O de Moisés no
monte servia para realização de sacrifícios diários. No de Davi em Sião era para
se estar diante do Eterno Deus constantemente em atitude de louvor e adoração.
No Tabernáculo de Moisés realizavam-se sacrifícios de animais manhã e tarde (I
Crônicas 16.40-43). Mas no Tabernáculo de Davi tinha sacrifícios de louvor
24 horas.
O
Tabernáculo de Moisés tinha pátio, o de Davi não.
O
Tabernáculo de Moisés tinha um Véu separando os sacerdotes do sumo sacerdote,
separando o lugar santo do santo dos santos, o de Davi não, pois lá todos os
sacerdotes podiam estar diante da arca.
O
Tabernáculo de Moisés ficou sem a Arca da Presença, o de Davi tinha a Arca da
Presença, a Aaron Ha Kodesh (Arca sagrada).
O
Tabernáculo de Moisés funcionava com sacrifícios de animais diários, o de Davi
com sacrifícios de louvor diário.
No
Tabernáculo de Moisés tudo era feito em silêncio, não havia louvor. O
Tabernáculo de Davi era um lugar onde havia um Ministério de Música com vários
instrumentos (I Crônicas 15.16; 25.1-4; I Crônicas 23.5.
No
Tabernáculo de Moisés, somente o Sumo sacerdote podia ministrar diante da Arca
uma vez por ano, pois tinha um Véu que separava. O Tabernáculo de Davi colocou
os levitas diante da Arca para ministrarem diante do Eterno (I Crônicas
16.4,37). Havia o tabernáculo Real, do trono de Davi e o Tabernáculo
Sacerdotal, da Arca. Ele é tanto Rei como Sacerdote. O Tabernáculo real se une
ao Tabernáculo Sacerdotal, formando o Tabernáculo perfeito para Deus.
O
Messias Yeshua é o nosso tabernáculo. Ele é a representação do tabernáculo
eterno. Ele mesmo disse em João 14.6: “Anochi Ha Derech, veHaEmet, ve ha-Chaim
(Eu Sou O caminho, a Verdade e a Vida)”. Yeshua é o átrio do tabernáculo, ele é
o Caminho (Ha Derech). Yeshua é o altar, ele é a Verdade (Ha Emet). E Yeshua é o
lugar Santo, onde está a Arca, ele é a Vida (Ha Chaim). No caminho é onde caminhamos,
louvamos, adoramos, mantemos comunhão. Muitos podem estar no caminho, mas ainda
não encontraram a verdade. Podemos conhecer a verdade, ser livres,
participarmos do altar, sermos purificados, mas precisamos ter vida, a presença
do Pai e seu Espírito pleno em nós. Somente quando saímos do altar e entramos
no lugar Santo é que podemos nos achegar sem o véu que põe limites e estar
diante da Arca da presença, adorarando o Pai em Espírito e em verdade (João
4.24)
A
palavra Shahah no hebraico significa
adorar, prostrar-se. Significa reverenciar, honrar, prestar homenagem e devoção
a alguém. Adorar em espírito e em verdade é o tipo de adoração que não foi
elaborado pelo homem e pela religião. Não depende de lugar, de objetos, de
ritos. Mas provém de um coração regenerado e redimido, cheio de amor, devoção,
adoração e vontade de agradar a Deus. É uma adoração livre, sem barreiras, de
forma espiritual, conduzida pelo próprio Espírito de Deus. E é uma adoração
verdadeira, que não é exterior, legalista ou formal, mas que vem de um coração
quebrantado e contrito diante do Eterno (Salmos 51.17).
Yeshua
e os discípulos, também a igreja do primeiro século celebravam as festas do
Senhor. As festas bíblicas continuavam como forma de gratidão, expressão de
alegria e louvor ao Deus de Israel. Não era diferente com Hag Sukot, a Festa
dos Tabernáculos. Eles celebravam como atos proféticos relacionados ao Messias.
No Evangelho segundo João, capítulo 7, versículos 37-39 relata a participação
de Yeshua na Festa dos Tabernáculos.
37 E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em
pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. 38 Quem crê em
mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. 39 E isto disse ele do Espírito que haviam de
receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por
ainda Jesus não ter sido glorificado.
O
último dia da festa dos tabernáculos, que era o sétimo dia, era chamado de Hoshana
Rabbah (o Grande dia, “Salva-nos”). Era uma oração messiânica clamando a Deus
pela vinda do Messias Salvador. O último dia da festa era o mais especial. O
sacerdote vinha com uma bacia cheia de água tirada do tanque de Siloé
(Shiloach), que significa o Enviado. Ele levava até o Sumo-sacerdote diante do
Altar, e este derramava a água junto ao altar, enquanto soava o toque do
Shofar, música, dança e Salmos de alegria e louvor a Deus. A água representava
a chuva de Deus e o derramamento do Espírito Santo. Algumas comunidades
começavam a derramar água uns nos outros na festa dos Tabernáculos.
Com
a vinda de Yeshua Ha Mashiach (Jesus, o Ungido) o tabernáculo de Davi foi
restaurado. A adoração diante de Deus com júbilo, alegria, palmas, danças e
louvor diante da Arca Sagrada, que é a presença de Deus foi restaurado (1 Cr
16.4-38). A ordem de adoração de Davi veio sobre nós, de forma que podemos
ministrar ao Senhor sem barreiras, pois não existe mais o véu que separa-nos da
presença de Deus. O que Deus restaurou no Tabernáculo de Davi nos últimos dias?
a)
Sacrifícios de júbilo (Salmos 27.6)
b)
Ações de graças (Salmos 116.17)
c)
Sacrifícios de louvor (Salmos 51.17 /
Salmos 50.23)
d)
As Festas do Senhor (Salmos 42.4)
A profecia de Amós 9.11, confirmada
em Atos 15 foi cumprida com a vinda de Jesus e sua morte na cruz. O louvor a
Deus tornou-se mais vivo, pois há motivos de alegria e júbilo, pois o Hoshana
Rabbah foi cumprido, Yeshua veio e nos salvou, por isso estamos em festa!!!
HaleluYah!!!
Somos
tabernáculos, você é tabernáculo do Deus vivo. Deus não prometeu a restauração
do templo, pois sempre habitou em tendas. Deus gosta de Tabernáculos porque uma
adoração em espírito e em verdade não depende do templo, mas do tabernáculo.
Somos o tabernáculo de Davi restaurado, a Igreja e congregação de Deus. Seu
corpo é templo do Espírito para abrigar a Arca da Sua Presença! Adoremos a Deus
no corpo, com expressões de louvor, na alma, com coração quebrantado e contrito
e, no espírito, cheios da presença da Shekinah do Eterno, que nos leva para
mais perto dEle e nos faz agradáveis e aceitáveis à Sua presença.
O tabernáculo de Davi é você e eu. E juntos,
permaneceremos na celebração da vida, da graça, da salvação, do milagre, do
livramento, da salvação e das bênçãos recebidas do céu.
Hag Sameach Sukot (Feliz Festa dos Tabernáculos)
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