sábado, 25 de fevereiro de 2012

QUEBRANDO O FRASCO, PERFUMANDO AS NAÇÕES

             Nas escrituras está registrado um acontecimento que marcou a história e serve de testemunho para todas as gerações: o derramamento de um perfume por uma mulher. Assim está escrito em Marcos 14.3,9: E, estando ele em Betânia, assentado à mesa, em casa de Simão, o leproso, veio uma mulher, que trazia um vaso de alabastro, com unguento de nardo puro, de muito preço, e quebrando o vaso, lho derramou sobre a cabeça”; Em verdade vos digo que, em todas as partes do mundo onde este evangelho for pregado, também o que ela fez será contado para sua memória”.
       O que vemos nessa passagem é Yeshua marcando a história de uma vida e com o exemplo dela marcando as gerações. Nossas decisões, atitudes e convicções podem mudar nossa história e também tem o poder de deixar marcas e legados para as futuras gerações. Podemos marcar a história através da fé, da humildade e generosidade.
      O vaso de alabastro era feito de uma espécie de mármore branco da região de Alabastron, no Egito. Este era, portanto, um antigo frasco helenístico de alabastro, do Egito. As mulheres judias normalmente tinham um desses frascos, usando-o pendurado no pescoço. Guardavam para uma ocasião muito especial, a noite de núpcias, onde despejava toda a fragrância de nardo no leito. Na noite de núpcias ela quebrava este vaso e aspergia o nardo em seus lençóis. Aquele momento era muito especial para ela, pois guardava o perfume e aguardava ansiosamente por essa ocasião.
O nardo era um bálsamo raro extraído de uma planta nas regiões do Himalaia na Índia, sendo um produto importado de longa distância, era um produto raro e caro. O vaso continha uma quantidade que custaria o salário de um trabalhador de um ano inteiro. Por que era necessário quebrar o vaso? Ele foi feito para ser quebrado. Possuía umas ranhuras em espiral para facilitar a quebra. O nardo era para ser usado de uma só vez, numa só ocasião. Era para ser usado com a pessoa mais especial para a mulher. Assim, ela ungiu Yeshua, pois ele era o noivo especial esperado, mais precioso do que um caro perfume.
Nós somos como vasos de alabastro, especiais. Nosso coração é o frasco e dentro de nós há uma fragrância, o bom perfume do Messias (2 Coríntios 2.15). O nardo é o que temos de melhor dentro de nós, é a presença de Deus, manifestada pelo amor, adoração e devoção que temos por Ele. Devemos quebrar nosso coração diante de Yeshua e do Eterno Pai. Ele é nosso amado, nosso redentor, nosso noivo especial que aguardamos seu retorno para a redenção. Esse perfume deve ser compartilhado entre as pessoas de todas as nações. O nardo tem que ser derramado e sua fragrância espalhada por toda a casa, assim todos sentirão seu perfume suave.
Devemos quebrantar nosso coração para sermos aceitos por Deus. Nos Salmos 51.17 nos diz que um coração quebrantado e contrito Deus não desprezará, mas será aceita. O frasco representa nosso exterior, aquilo que mais valorizamos. Deus não está interessado em nossa aparência, mas no perfume que está dentro de nós.
A atitude daquela mulher, de valorizar a Deus e seu filho, de dar o seu melhor, o mais precioso reservado para Yeshua, levara a ter uma experiência de aceitação e graça maravilhosa na presença de Deus. Ela tinha gratidão em seu coração pelo que Deus havia feito em sua vida. Além disso, com seu exemplo, Deus marcou sua história e deixou como testemunho para as futuras gerações e para todas as nações da terra.

Baruch Habbah B’shem Adonay!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

O SOM DO CÉU


“Bem-aventurado o povo que conhece o som alegre; 
andará, ó SENHOR, na luz da tua face.”( Salmos 89.15)
 
                 O que iremos aprender e vivenciar nesses dias são algo sobrenatural que brotará por meio de um louvor sincero e adoração verdadeira diante do Eterno, que nos criou e nos ensina a adorá-lo de forma plena, de forma que alcancemos a luz do seu rosto. Conheceremos o poder dos sons, quando liberados na frequência do sobrenatural e o impacto que isso traz para o mundo espiritual e físico. Deus libera cura, libertação de cativos, e expulsa todo o mal das trevas por meio do som do céu através do louvor e adoração de seu povo. Prepare-se para grandes coisas que fará o Senhor nesses últimos dias. HaleluYa!!! Louve a Deus!!!

O SOM DO CÉU
O som percorre velocidades incríveis de 430 metros por segundo em uma temperatura aproximada de 20 graus, numa frequência em média de 20 hertz. O som vibra em vários ambientes e materiais. Propaga-se no ar, vibra em cordas, metais entre outros. Quando emitimos um som, seja com a voz, com palmas ou instrumentos, algo acontece fisicamente, mas principalmente na esfera espiritual. Os sons atingem os tímpanos de nossos ouvidos, nosso cérebro então reconhece tais sons, passamos a  identifica-los e reagimos a eles de alguma forma. Foram realizados estudos científicos sobre o poder do som sob as águas. Várias palavras foram ditas sobre recipientes com água e fotografadas microscopicamente, onde se obteve os resultados das moléculas que se formaram. Nas fotografias, as palavras boas como amor, formava um desenho tipo uma flor, já a palavra ódio gerava um desenho complexo e sombrio. Agora, imagine você emitindo sons com palmas, gritos de júbilo, cânticos e instrumentos na presença de Deus. O resultado espiritual que isso gera é algo imensurável!
Bat Kol em hebraico significa Som do Céu, ou filha da voz. No céu há muitas vozes e diversos sons. Precisamos ter os ouvidos abertos para ouvir o som do céu e a voz de Deus. Muitos dos homens de Deus da Bíblia como Noé, Abraão, Moisés, Davi e outros ouviram a voz de Deus. Moisés ouviu o som que vinha do monte Sinai, onde Deus estava. Ali soava um forte som de buzina. Era o toque do Shofar. Aquele som era tão forte que estremecia o monte e ressoava no povo lá em baixo.
"E aconteceu que, ao terceiro dia, ao amanhecer, houve trovões e relâmpagos sobre o monte, e uma espessa nuvem, e um sonido de buzina (shofar) mui forte, de maneira que estremeceu todo o povo que estava no arraial."  (Êxodo 19 : 16).
Na vinda de Jesus iremos ouvir o som do céu, o toque do Shofar de Deus soado pelos anjos e a voz de arcanjo, que é o brado de vitória anunciando a chegada do Noivo Yeshua. Todos os que estiverem preparados ouvirão os sons vindo do céu.
           Na queda dos muros de Jericó os sacerdotes emitiram vários sons ordenados por Deus. Primeiro tipo de som: Sons de pisadas. Caminhavam marchando em volta dos muros; segundo: Som do Shofar. Tocaram os 7 shofarim (sete shofars); terceiro: Som da voz. Deram gritos, brados. O resultado disso foi que a frequência de todos os sons emitidos foi tão alta que vibraram fortemente sobre o solo e sobre os muros, que não resistiram e vieram a ruir (Josué 6.20). Há poder nos sons, nas palavras e nas melodias cantadas e oradas, também Deus quer usar a harmonia e os ritmos produzidos por aqueles que têm sua vida em conexão com Deus.
Por meio dos sons emitidos nos louvores do povo segundo a ordem de Deus produziu uma sequência de sons ininteligíveis que confudiu a mente dos inimigos, sendo que seus neurônios levaram mensagens com interferências e os comandos do cérebro deles foram perturbadores, de tal maneira que foram destruídos.
"E, quando começaram a cantar e a dar louvores, o SENHOR pôs emboscadas contra os filhos de Amom e de Moabe e os das montanhas de Seir, que vieram contra Judá, e foram desbaratados."  (II Crônicas 20.22)
No santuário, diante do trono de Deus os seres angelicais emitem sons que revelam a glória de Deus. Os serafins voando ao redor do trono dizem: “Kadosh, Kadosh, Kadosh, Adonay Tsavaoth (“Santo, Santo, Santo, é o Senhor dos Exércitos”). São sons repetidos na mesma frequência e mesmo tom que engradecem a Deus e agradam a Ele (Isaias 6.3). Deus habita entre os louvores de seu povo.

O SOM DA ALEGRIA
            Existe um poder liberado quando adoramos o Criador, o Deus Todo-Poderoso. Precisamos vivenciar o Som da Alegria que está nos louvores e cânticos alegres. Precisamos festejar diante do Eterno Deus. O culto deve ser uma festa. Quando o povo de Israel foi chamado por Deus através de Moisés, era pra cumprir um propósito: realizar uma festa ao Senhor. Deus queria festejar com o povo. Deus quer que seu povo tenha alegria e celebre com júbilo ao seu Nome. A alegria atrai a presença de Deus. O próprio Deus declarou que está no meio dos louvores do seu povo (Salmos 22.3). Por isso o Eterno se move em meio a frequências sonoras vindas do coração do adorador. Há uma manifestação de Deus quando adoramos a Ele de forma espiritual.
Há mistérios insondáveis quando o louvamos com sons, instrumentos e voz e palmas. Portanto, precisamos estar entronizados espiritualmente com Deus. Para que sua presença se manifeste, é preciso estar liberados em mente, corpo e espírito para Deus se mover em nosso meio. Somos livres para nos expressar. Precisamos nos liberar nas expressões diante do Senhor, no meio da congregação. Muitos estão presos, ficam calados, não batem palmas, não dançam, não pulam, não correm, não se expressam, porque se encontram ainda em estado de cativeiro mental, emocional e espiritual.
Deus irá derramar sobre sua congregação uma unção com óleo de alegria. Sairá toda angústia, tristeza, depressão, desânimo, vergonha, timidez que impede você se ser alegre diante do Senhor. Prepare sua vida para receber desse óleo precioso. Deus irá te libertar do cativeiro e te fazer livre para adorá-lo, pois onde há o Espírito de Deus aí há liberdade (2 Cor 3.17). Está escrito em Isaias 61.3: “A ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê glória em vez de cinza, óleo de gozo em vez de tristeza, vestes de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem árvores de justiça, plantações do SENHOR, para que ele seja glorificado.”

O SOM DO SHOFAR
Quando Deus está entronizado em nosso meio, no meio dos nossos louvores, emitimos sons que emanam do Espírito, que são verdadeiros sons do céu. Esses são momentos em que os inimigos são confundidos, o céu recebe nossos louvores como incenso e nossos sons vibram na frequência do Espírito de Deus. A Bíblia diz que não sabemos orar como convém, mas o Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis, que são sons do céu (Romanos 8.26). Muitas vezes você será levado a dar brados de vitória, gritos de júbilo e emitir sons imitando o shofar. Você é um shofar humano que Deus quer usar como instrumento para realizar a vontade dEle.
O shofar é um instrumento usado pelos hebreus desde Abraão até os dias de hoje. Ele emite sons definidos como chamado para guerra, preparação, arrependimento e comunhão com Deus. Há toques para ajuntamento do povo. Há toques de guerra, retinindo repetidamente, que faz o inimigo se confundir. Há também toques sequenciais em nove sons idênticos, representado as lágrimas do sofrimento do Senhor pelo seu povo, chamando-os ao arrependimento. Há toques que representam a aproximação de seu povo para chegar-se a Deus. Não são meros toques emitidos, mas o shofar é um instrumento que tem similaridade no céu.
A voz de Deus soava como shofar no monte, os anjos anunciarão a vinda do Senhor com shofar, e somos verdadeiros shofar vivos. O Shofar, tanto o de chifre de carneiro, quanto o de antílope deve ser limpo e purificado, tirado toda a carne que fica como resíduo dentro dele. Tudo é removido e limpo com azeite quente e depois estará pronto para ser usado. Somos o shofar de Deus, que devemos ser limpos por dentro, dai sairá verdadeiros louvores e adoração ao Altíssimo para seremos instrumentos de Deus.
É tempo de produzir e ouvir o som do céu. Ter ouvidos abertos e banhado em óleo para discernir os sons do espírito. Nossa comunhão com Deus gerará os timbres, sons e ritmos que, junto com as palavras geradas pelo Espírito Santo em nossos corações, produzirá uma ação no mundo espiritual. Os sons do shofar e dos brados geram uma ordem profética nas regiões celestiais, provocando a intervenção poderosa de Deus e as manifestações de seu Espírito. “Toquem o shofar (trombetas) em Sião”. O shofar é símbolo do profeta, do anunciador de boas novas, do que proclama uma realidade que está para se concretizar.
Que o povo de Deus nesses dias toquem instrumentos de uma forma diferente e poderosa. Batam palmas que ressoem como ondas sonoras até os céus. Deem gritos e brados de júbilo. Orem com fervor e declarem a Santidade do Altíssimo. Orem e cantem cânticos novos em línguas e com gemidos inexprimíveis produzidos pelo Espírito. Adorem de todo o coração e louvem com alegria, que os céus se abrirão e descerá a Shekinah de Deus como resposta. HaleluYah!!!

RESTAURANDO O TABERNÁCULO CAÍDO DE DAVI


Amós 9.11 /Atos 15.15-18

            O Tabernáculo de Davi foi tão importante que teve lugar nas profecias bíblicas, tanto na Antiga Aliança, quanto na Nova Aliança. Isso, porque ele teve uma grande relevância no culto e adoração ao Todo-Poderoso Deus. Davi estabeleceu a ordem davídica da adoração.
Deus queria mudar e estabelecer seu modelo de culto. Então, usou davi para estabelecer a adoração plena, com cânticos, júbilo, adoração, danças, instrumentos e alegria celebrando a Deus sem medida.
Antes de Davi, Moisés levantou a Suká (Tebernáculo) do Eterno. Fez conforme o modelo que Deus ordenou. O Tabernáculo de Moisés estava no Monte Gibeom, esse monte fala da Lei do Sinai. Gibeom significa (Colina Elevada) II Crônicas 1.4; I Crônicas 15.1; Salmo 76.2. Mas, o Tabernáculo de Davi estava sobre o monte Sião, na Cidade de Davi, Jerusalém, de onde ordena a bênção e a graça de Deus para sempre. HaleluYah!   
Os dois tabernáculos (Sukots) estavam funcionando simultaneamente. O de Moisés no monte servia para realização de sacrifícios diários. No de Davi em Sião era para se estar diante do Eterno Deus constantemente em atitude de louvor e adoração. No Tabernáculo de Moisés realizavam-se sacrifícios de animais manhã e tarde (I Crônicas 16.40-43). Mas no Tabernáculo de Davi tinha sacrifícios de louvor 24 horas.
O Tabernáculo de Moisés tinha pátio, o de Davi não.
O Tabernáculo de Moisés tinha um Véu separando os sacerdotes do sumo sacerdote, separando o lugar santo do santo dos santos, o de Davi não, pois lá todos os sacerdotes podiam estar diante da arca.
O Tabernáculo de Moisés ficou sem a Arca da Presença, o de Davi tinha a Arca da Presença, a Aaron Ha Kodesh (Arca sagrada).
O Tabernáculo de Moisés funcionava com sacrifícios de animais diários, o de Davi com sacrifícios de louvor diário.
No Tabernáculo de Moisés tudo era feito em silêncio, não havia louvor. O Tabernáculo de Davi era um lugar onde havia um Ministério de Música com vários instrumentos (I Crônicas 15.16; 25.1-4; I Crônicas 23.5.
No Tabernáculo de Moisés, somente o Sumo sacerdote podia ministrar diante da Arca uma vez por ano, pois tinha um Véu que separava. O Tabernáculo de Davi colocou os levitas diante da Arca para ministrarem diante do Eterno (I Crônicas 16.4,37). Havia o tabernáculo Real, do trono de Davi e o Tabernáculo Sacerdotal, da Arca. Ele é tanto Rei como Sacerdote. O Tabernáculo real se une ao Tabernáculo Sacerdotal, formando o Tabernáculo perfeito para Deus.
O Messias Yeshua é o nosso tabernáculo. Ele é a representação do tabernáculo eterno. Ele mesmo disse em João 14.6: “Anochi Ha Derech, veHaEmet, ve ha-Chaim (Eu Sou O caminho, a Verdade e a Vida)”. Yeshua é o átrio do tabernáculo, ele é o Caminho (Ha Derech). Yeshua é o altar, ele é a Verdade (Ha Emet). E Yeshua é o lugar Santo, onde está a Arca, ele é a Vida (Ha Chaim). No caminho é onde caminhamos, louvamos, adoramos, mantemos comunhão. Muitos podem estar no caminho, mas ainda não encontraram a verdade. Podemos conhecer a verdade, ser livres, participarmos do altar, sermos purificados, mas precisamos ter vida, a presença do Pai e seu Espírito pleno em nós. Somente quando saímos do altar e entramos no lugar Santo é que podemos nos achegar sem o véu que põe limites e estar diante da Arca da presença, adorarando o Pai em Espírito e em verdade (João 4.24)
A palavra Shahah no hebraico significa adorar, prostrar-se. Significa reverenciar, honrar, prestar homenagem e devoção a alguém. Adorar em espírito e em verdade é o tipo de adoração que não foi elaborado pelo homem e pela religião. Não depende de lugar, de objetos, de ritos. Mas provém de um coração regenerado e redimido, cheio de amor, devoção, adoração e vontade de agradar a Deus. É uma adoração livre, sem barreiras, de forma espiritual, conduzida pelo próprio Espírito de Deus. E é uma adoração verdadeira, que não é exterior, legalista ou formal, mas que vem de um coração quebrantado e contrito diante do Eterno (Salmos 51.17).
Yeshua e os discípulos, também a igreja do primeiro século celebravam as festas do Senhor. As festas bíblicas continuavam como forma de gratidão, expressão de alegria e louvor ao Deus de Israel. Não era diferente com Hag Sukot, a Festa dos Tabernáculos. Eles celebravam como atos proféticos relacionados ao Messias. No Evangelho segundo João, capítulo 7, versículos 37-39 relata a participação de Yeshua na Festa dos Tabernáculos.
37 E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. 38 Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. 39  E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado.
            O último dia da festa dos tabernáculos, que era o sétimo dia, era chamado de Hoshana Rabbah (o Grande dia, “Salva-nos”). Era uma oração messiânica clamando a Deus pela vinda do Messias Salvador. O último dia da festa era o mais especial. O sacerdote vinha com uma bacia cheia de água tirada do tanque de Siloé (Shiloach), que significa o Enviado. Ele levava até o Sumo-sacerdote diante do Altar, e este derramava a água junto ao altar, enquanto soava o toque do Shofar, música, dança e Salmos de alegria e louvor a Deus. A água representava a chuva de Deus e o derramamento do Espírito Santo. Algumas comunidades começavam a derramar água uns nos outros na festa dos Tabernáculos.
            Com a vinda de Yeshua Ha Mashiach (Jesus, o Ungido) o tabernáculo de Davi foi restaurado. A adoração diante de Deus com júbilo, alegria, palmas, danças e louvor diante da Arca Sagrada, que é a presença de Deus foi restaurado (1 Cr 16.4-38). A ordem de adoração de Davi veio sobre nós, de forma que podemos ministrar ao Senhor sem barreiras, pois não existe mais o véu que separa-nos da presença de Deus. O que Deus restaurou no Tabernáculo de Davi nos últimos dias?

a)      Sacrifícios de júbilo (Salmos 27.6)
b)      Ações de graças (Salmos 116.17)
c)      Sacrifícios de louvor (Salmos 51.17 / Salmos 50.23)
d)     As Festas do Senhor (Salmos 42.4)

A profecia de Amós 9.11, confirmada em Atos 15 foi cumprida com a vinda de Jesus e sua morte na cruz. O louvor a Deus tornou-se mais vivo, pois há motivos de alegria e júbilo, pois o Hoshana Rabbah foi cumprido, Yeshua veio e nos salvou, por isso estamos em festa!!! HaleluYah!!!
            Somos tabernáculos, você é tabernáculo do Deus vivo. Deus não prometeu a restauração do templo, pois sempre habitou em tendas. Deus gosta de Tabernáculos porque uma adoração em espírito e em verdade não depende do templo, mas do tabernáculo. Somos o tabernáculo de Davi restaurado, a Igreja e congregação de Deus. Seu corpo é templo do Espírito para abrigar a Arca da Sua Presença! Adoremos a Deus no corpo, com expressões de louvor, na alma, com coração quebrantado e contrito e, no espírito, cheios da presença da Shekinah do Eterno, que nos leva para mais perto dEle e nos faz agradáveis e aceitáveis à Sua presença.
O tabernáculo de Davi é você e eu. E juntos, permaneceremos na celebração da vida, da graça, da salvação, do milagre, do livramento, da salvação e das bênçãos recebidas do céu.

           
Hag Sameach Sukot (Feliz Festa dos Tabernáculos)

domingo, 12 de fevereiro de 2012

O MISTÉRIO DAS ÁGUAS VIVAS



João 4.9-15

INTRODUÇÃO

Resolvi escrever iniciando com a palavra mistério, sem a pretensão de parecer místico, ou transmitir algo demasiado complexo que alguém não possa compreender. Ao contrário, o mistério não está na expressão, nem mesmo no fato de água viva ser mais comum na cultura judaica do que na ocidental. Porém, no fato de a operação do Espírito Santo ser comparada como um rio implicar em uma infinidade de manifestações, que não são reveladas de antemão, mas se darão a medida da experiência subjetiva com Deus. Ele é quem libera a aplicação da água viva de forma transcendente, operando de forma sobrenatural na vida do que confia em Deus. O mistério da água viva não é o conhecimento didático do termo, mas a profundidade no mergulhar no mover do Espírito de Deus e receber cura, vida e transformação. Portanto, precisamos experimentar o mistério da água viva dentro do ministério da água viva, que é o ministério do Espírito.

SEGREDOS DA ÁGUA VIVA

            Mistério é algo que está aparente aos sentidos sem ser percebido em sua essência e natureza. Conseguimos perceber apenas a parte exterior, sem compreender a profundidade e suas implicações.
            A água estava em nossa galáxia antes mesmo do mundo ordenado ser criado. A bíblia diz no livro dos começos, dos princípios que o Espírito de Deus se movia, pairava, agitava as águas que cobriam a terra. Sabemos que hoje, as águas cobrem setenta por cento da superfície terrestre. Também, que o homem é composto por setenta por cento de água. A água está em tudo, pois ela é a fonte primária da existência da vida. A água está presente na criação de novas estrelas, como também em cada ser vivo neste planeta. Não vivemos sem a água, por isso Deus escolheu a água com um dos símbolos representativos do Espírito Santo. Um detalhe, porém é necessário compreender. Não é simples água, mas água viva.
            Água viva era mais comum na cultura judaica do que pensamos. Quando Jesus falou para a mulher samaritana sobre ele lhe dar água viva, ele não estava falando nada que ela não soubesse. O fato é que ela apenas não possuía. Yeshua não estava falando de forma mística ou misteriosa, nem usando simbolismos espiritualistas. Mas utilizou um termo corrente em sua época.
Água viva para o entendimento da cultura nos tempos de Yeshua significava águas correntes. Ou seja, água de rio, de cachoeira, de uma fonte, etc. Deus não age em águas paradas, as águas precisam se mover, pois nela há vida e através dela vem a vida de Deus.
            Um sacerdote não utilizava qualquer água para a purificação e serviço no templo. Utilizava água viva. Numa região desértica como Israel a água era escassa, como o é ainda hoje. Quem tivesse uma fonte ou poço como propriedade era considerado afortunado. Por isso a samaritana entendeu de forma literal. A expressão era comum, porém o sentido era espiritual. Yeshua estava oferecendo a verdadeira água viva, que vem do rio de Deus, que é o Espírito de vida, que renova, transforma e lava o interior de quem confia em Deus.
            Existem as águas que vem de baixo, águas que vem da terra e águas que vem de cima. As que vêm de cima são chuvas de bênçãos derramadas a todos, como sinal da benção de Deus. As que vêm da terra são águas de um rio que estão à disposição dos que buscam. Porém, há águas que vem de baixo, que é necessário cavar bem fundo para alcançá-las. Assim é o mistério das águas, elas estão em baixo, escondidas na profundidade, esperando os desejosos por sabedoria e conhecimento das profundezas de Deus.

            MINISTÉRIO DAS ÁGUAS
           
As nascentes do rio Jordão (Yarden) ficavam próximas ao mar da Galiléia, que na verdade é um grande lago e não um mar. O jordão passa pelo lago de Kineret (como era chamado o mar da Galiléia) e desemboca no Mar Morto, a 390 Km abaixo do nível do mediterrâneo, sendo o ponto mais baixo da terra.
            O mar da Galiléia foi onde Yeshua desenvolveu boa parte de seu ministério e realizou grandes milagres, entre eles o de andar sobre as águas (Mateus 14.28).
No batismo de João, o rio Jordão, que nascia em cima, levava os pecados de quem era imerso nas águas para o lugar mais baixo, o mar Morto. Simbolicamente, essa é uma metáfora sobre uma das funções da água viva, que é o Espírito de Deus e sua palavra, a de nos lavar, purificar e levar nossos pecados para o lugar do esquecimento.
O ministério das águas vivas acontece quando somos ministrados por essas águas, quando essa fonte passa a fluir em nosso interior, como mesmo nos disse nosso mestre Yeshua em João 7.38, que diz: "Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu interior". Nas escrituras vemos Deus operando através do tanque de Betesda, aonde um anjo vinha e agitava as águas (João 5.2-4). Vemos um cego sendo curado ao mestre o ordenar a lavar-se nas águas do tanque de Siloé (João 9.7). A bíblia nos diz em Gênesis 1.2 que o Espírito de Deus agitava as águas. Também em Salmos 46.4 diz que há um rio que corre do trono de Deus e traz alegra. É o rio de águas vivas do Espírito que vem de Deus, para nos trazer restauração, salvação, cura, libertação, renovo e vida em plenitude.